Mais um no grito.

9 maio, 2010

Fala galerinha

A dois dias da tão aguardada Lista de Schindler, quer dizer, de Dunga, o Brasil se pergunta: “Por que não leva os moleques?”.

Não pense, apenas faça.

Vamos aos fatos. Paulo Henrique, o popular Ganso e seu super companheiro Neymar(avilha) fazem parte do ataque mais eficiente do país. São cobiçados por clubes europeus gigantes, carregaram um time desacreditado ao título do estadual mais disputado do país e acima de tudo encheram os olhos dos brasileiros jogando o futebol mais bonito que se viu no país desde seus antepassados Diego e Robinho (que além de companheiro deles vai pra copa).

Eu sei, Dunga tem seu grupo formado, carrega jogadores experientes, que compreendem o pesa de uma competição como a copa do mundo, que já estão acostumados a jogos importantes e blá, blá, blá…

Cansei dessa ladainha de jogadores experientes. De que adianta levar o EXPERIENTÍSSIMO Julio Baptista, penando por um lugar no time titular do AS Roma, com seu futebol grosseiro e carrancudo, deixando de fora Neymar e seus desconcertantes dribles?  Quem coloca a mão no fogo pra dizer que o Josué pode mudar um jogo se entrar em campo e o menino – porém muito consciente – Paulo Ganso não? Kaká e Ronaldo Fenômeno foram à copa com menos de 20 anos de idade, não entraram em campo, mas ganharam um bagagem absurda em suas carreiras. Faz um bem danado pra jogadores novos uma chance dessa. E pelo amor de Deus, pegaremos a CORÉIA DO NORTE. Será que nem nesse jogo os rapazes podem jogar?  Se Kaká for suspenso, se machucar, tiver uma crise de disenteria, ou simplesmente ficar com medinho, quem é seu substituto imediato? Quem tem bola o suficiente pra comandar o meio-campo canarinho?

São perguntas que aproximadamente 75% da população faz, já que segundo o Datafolha 25% dos brasileiros não gosta de futebol, ou melhor, são imensamente tristes. Como quiser.

Não critico o treinador pela sua metodologia. Se não os levar, apesar de ouvir muito, não terá cometido um ultraje. Estará apenas sendo fiel ao seu estilo e suas crenças de como treinar uma seleção. Até acho que levaremos o caneco sem eles. Confio até demais nisso, mas custa jogar um bom futebol também?

Só pra constar:

Paulistão 2010.

Paulo Henrique Ganso: 19 jogos – 11 gols; Neymar: 18 jogos – 12 gols.

Copa do Brasil 2010

Paulo Henrique Ganso 5 jogos – 1 gol; Neymar: 4 jogos – 9 gols

E o brasileirão já começou com um gol do Neymar.

Abraços fraternos

Douglas Ponso


2006, 4 anos depois

4 maio, 2010

Esses dias durante uma das várias discussões sobre a copa que está se aproximando, falava-se sobre o fracasso de 2006. Peguei-me pensando neste tal fracasso…

Sem sombra de dúvida, tinhamos a melhor seleção no papel. Mas será que foi realmente um fracasso? Fomos eliminados num jogo de quartas-de-final contra uma seleção que não foi campeã por detalhes, em um jogo realemente apático, mas para os dois lados. Coube a França, com um jogo mais aprimorado no meio campo, criar mais chances e marcar um gol.

Agora vamos aos outros resultados. Na fase de grupos 1×0 na Croácia, gol de Kaká no fim do primeiro tempo. Resultado fraco, ainda mais contra um time que sairia da copa sem sequer uma vitória, mas uma vitória. O próximo embate foi contra a Austrália. Dois a zero nos cangurus (Adriano e Fred). Muitos pensavam que tivesse sido um resultado ruim frente a um adversário tão fraco. A verdade é que a Austrália não era tão fraca assim. Contava com alguns jogadores de clubes medianos da Europa e com Harry Kewell, que na temporada passada estava no time do Liverpool que levantara o caneco da Champions League. Vale lembrar que a campeã Itália precisou de um pênalti aos 50 do segundo tempo para passar pelo representante da Oceania nas oitavas. Fechando a primeira fase, pegamos o Japão. Quatro a um (Tamada  – Ronaldo (2), Juninho e Gilberto) um resultado, no mínimo, satisfatório.

Na fase seguinte pegamos os africanos de Gana. No papel a seleção mais fraca que enfrentamos. O jogo não foi de todo complicado e apesar de sermos pressionados, conseguimos 3×0 (Ronaldo, Adriano e Zé Roberto). A realidade deles na copa era outra. Caíram no Grupo E, junto de Itália (futura campeã da edição), República Tcheca (apontada por muitos como a seleção mais forte fora as principais) e Estados Unidos (que viria a provar 3 anos depois a evolução do seu futebol). A classificação veio em um grupo relativamente complicado: tombou perante a Azurra (2×0), passou pela República Tcheca de Nedved, Cech e Rosicky (2×0) e posteriormente pelo Tio Sam (2×1). Com um misto de supresa e moral passaram a próxima fase, onde aplicamo-lhes um bom placar.

A fase seguinte seria a fatídica, onde iriamos pegar a França. Os “Les Bleus” ainda não haviam convencido na copa, pelo Grupo G, passaram no sufoco com apenas uma vitória sobre Togo (2×0) na última rodada e sofrendo num empate sem gols com a Suíça (que saíria da copa sem sofrer nenhum gol) e outro em 1×1 para a Coréia do Sul (que não aparentava o mesmo futebol de 2002). Na fase seguinte eliminaram a Espanha por 3×1, para nós brasileiros o jogo é importante por um motivo: Zidane voltava a jogar bola. No jogo contra o Brasil ele viria a desequilibrar com lances de habilidade e cruzando a bola para o gol de Henry, além do quê, é um incontestável gênio.

Contávamos com jogadores em boa fase e de renome, mas a verdade é que 2006 viria a ser o início da má fase para vários deles. Adriano, Ronaldo, Ronaldinho nunca mais apresentariam o mesmo futebol. Roberto Carlos e Cafú, talvez os mais contestados, eram os melhores nas laterais, mas não os mesmos de 2002. Emerson e Dida que fariam uma boa copa também teriam problemas logo mais. Outros reservas também entrariam em certa decadência, como Robinho, Fred, Juninho, Cicinho e Gilberto.

2006 não foi o esperado, longe disso, a apatia dos jogadores incomodou muita gente e da mesma maneira que em 66, a forma como se deu a relação da seleção e a mídia foi por muitos a culpada pela forma da seleção. Daí para a abordagem tomada há um certo exagero, Copa do Mundo é uma competição que envolve muitos fatores além de um bom time e a campanha do Brasil não foi vergonhosa. O amor do brasileiro pela camisa canarinho e a bipolaridade da mídia (exaltação e crucificação), ao meu ver, distorceram nossa visão da competição, onde não fomos bons, mas também não um foi um completo fracasso.

Peace Up Niggas!
Bruno Machado


Brand New Start

2 maio, 2010

Salve, salve!

Eis que o Cal na Grama está de volta na esfera futebolística dos blogs brasileiros. E, como é de praxe, com algumas novidades:

Eles voltaram, nós também

Agora o blog não vai se restringir somente ao futebol europeu, tecendo comentários acerca da nossa versão do nobre esporte bretão.

Iremos aproveitar também esse período pré-Copa do Mundo para comentar as seleções, discutir as convocações, astros que ficaram de fora e pitacos sobre os grupos do maior evento de esporte mundial.

Ah, antes que eu esqueça: agora teremos um novo colaborador, Luiz Otavio, estes que vos escreve. Tentaremos trabalhar também em outra mídia, o podcast. Mas isso fica para depois.

That’s all, folks.

Juninho.


Rumo a Pequim… ou não.

10 agosto, 2008

Brasil e Argentina (principalmente) estão protagonizando uma briga contra clubes europeus para a liberação de jogadores para a competição de futebol dos Jogos Olímpicos de Pequim. Dois nomes chamam a atenção pelo poder de decisão que teriam se participassem dos jogos. Robinho e Messi.

O primeiro, acima de 23 anos, mudaria o esquema de jogo do brasil se fosse convocado, recuando o que hoje tem o status de mais importante do time, Ronaldinho Gaúcho. O segundo, ainda sub-23, já é cotado para ser um dos melhores jogadores do mundo neste ano, e com certeza traria mais alegria e técnica ao meio campo argentino.

Schalke 04 e Werder Bremen acionaram o Tribunal Arbitral do Esporte por Rafinha e Diego, dois prováveis titulares da seleção de Dunga, que se apresentaram sem autorização de seus clubes. A decisão do TAS só sairá após o pronunciamento da FIFA, por meio da Comissão do Estatuto do Jogador, nesta terça, que decidirá a posição do órgão máximo com relação às convocações. A contradição da FIFA na questão da liberação dos jogadores para o torneio olímpico, dá força aos clubes nesta batalha. Pra quem não sabe, a FIFA determina que os clubes são obrigados a liberar seus jogadores somente em torneios do calendário oficial da entidade, entre os quais não constam os Jogos Olímpicos, porém através de seu presidente, anunciou que a liberação dos atletas menores de 23 anos é obrigatória. A partir de terça-feira, novos esclarecimentos virão e à medida que os jogos se aproximam, os clubes ficam mais fortes na batalha. Resta torcer pra que o futebol não fique prejudicado nessa confusão toda.

Abraços Fraternos. E quase Olímpicos.

Douglas Ponso.


Chegou a hora de recomeçar

16 julho, 2008

Após 5 anos de consideráveis sucessos na Catalunha, Ronnie (como era chamado pelos torcedores do Barça) foi negociado com o AC Milan. Depois de uma conturbada negociação, ameaças por parte do jogador e até uma Olimpíada como pretexto, Ronaldinho se junta a outros jogadores para tentar reerguer o Milan após o fiasco da temporada passada.

Em 2003 quando assinou pelo Barcelona o clube vivia uma situação pior, sem títulos desde 1999 o time azul-grená ainda foi obrigado a ver os Galáticos em sua melhor forma. E do mesmo modo que agora o camisa 10 foi anunciado como uma das promessas de elevar o clube, ele foi apresentado a torcida catalã .

Sendo peça fundamental na conquista de duas Ligas Espanholas e uma Champions League, aplaudido na casa de seu maior rival e consagrado o melhor do mundo por duas vezes, Ronaldinho mostrou ao mundo todo o encanto do futebol bem jogado e cumpriu o que veio fazer no Barça.

Mas após duas temporadas de constantes lesões, frequente permanência no banco e mostrando sempre menos que seu potêncial, foi gerado um clima ruim para Ronaldinho, e este parece ser um dos principais fatores que o tiraram do Barcelona.

Ronaldinho agora tem a chance de recomeçar e mostrar a todos os críticos que ainda possui o bom futebol já apresentado, e apesar de poder nunca mais atingir aquele que parece ter sido seu auge, ele tem ainda muito o que provar e muito a ser mostrado.

Peace Up Niggas!
Bruno Machado


Welcome, Sir Scolari.

9 julho, 2008

Apresentação bem-humorada, conquistando o carinho dos torcedores, da imprensa. Carta branca para contratações, O clima é perfeito. Luiz Felipe Scolari foi apresentado como novo treinador do Chelsea ontem, em Londres. Finalmente o Brasil terá um nome de peso no comando de uma grande equipe européia. E com perspectiva de sucesso.

Felipão chega agradando.

Felipão chega agradando.

Após belas campanhas como técnico das seleções brasileira e portuguesa, conquistando o mundial de 2002 e uma vaga na final da Eurocopa 2004, Felipão tem seu trabalho reconhecido por uma das maiores ligas do mundo, chegando com respeito entre os participantes da Premier League, a primeira divisão inglesa. É um novo mundo, novos costumes, nova língua. Mas na coletiva, parecia que Felipão não se importava com nada disso. Mostrando habilidade com a língua local conquistou o coração de quem presenciou sua apresentação, mostrando que tem um grande potencial para brilhar e levar os Blues às grandes glórias.

O técnico brasileiro utilizará seu jeitão “gaúcho macho” de trabalhar e logo logo foramará uma nova “Família Scolari”.

Para os brasileiros, é o momento de torcer pro Chelsea, mesmo que escondido, num cantinho, renegando aos poucos as paixões pelo Manchester, pelo Arsenal, pelo Liverpool, e pelos outros times que engrandecem a liga inglesa. Agora o Brasil é azul na terra da rainha.


Se fossem todos assim…

2 julho, 2008

Estamos no período de tranferências dos clubes europeus, e mesmo durante a Eurocopa fervilharam burburinhos sobre tranferências e até ocorreram algumas, mas hoje uma me chamou a atenção.

A saída de Daniel Alves para o Barcelona é uma transferêcia grande, o lateral direito brasuca chega para dominar a titularidade da lateral direita catalã no lugar do italiano Zambrotta, porém não é grandeza da transição que me chamou a atenção e sim como se deu a saída do ex-jogador do Sevilla.

O lateral baiano chegou no Sevilla em 2002 e os quase 6 anos no clube marcaram muito a carreira do jogador. Levando a Copa Uefa duas vezes (06 e 07) e a Copa del Rey (07) o jogador até mesmo segundo o presidente, foi um dos jogadores que marcaram o renascimento dos Rojiblancos, e é considerado um dos jogadores mais importantes da história do clube. E é por isso que ele tem toda moral para dizer que sai pela porta da frente, ao invés de forçar a mudança manchando a própria história no clube, Dani Alves permaneceu a maior parte do tempo quieto e não precisou se queimar no Sevilla.

Peace Up Niggas,
Bruno Machado


Ficaram devendo…

22 junho, 2008

Quartas-de-final da Euro 2008, Itália contra Espanha, promessa de grande jogo com bons jogadores de grandes clubes, mas em campo…

Um jogo sofrível, retrancado, pouca emoção e até mesmo técnicamente foi fraco. As duas equipes jogaram na defensiva. A Itália por estar mais recuada sofreu um pouco mais com os ataques espanhóis, e durante todos os 120 minutos de partida tivemos poucos lances que podemos destacar. Um bate rebate na área da Fúria (incrível defesa do Casillas por sinal), um míssil do Marco Senna que o goleirão Buffon quase aceitou e um chute aqui ou ali. Camoranesi até ameaçou dar algum ânimo e Del Piero mostrou que ainda está vivo dando um belo balão quando emaranhado em dois zagueiros da Fúria. Mas a falta de entusiamo não resultou em outra coisa: 0x0.

Foi um jogo digno de empate, mas como é uma quarta de final e apenas uma equipe poderia prosseguir, o jogo foi pros penaltis. E sinceramente, nem neste momento o jogo foi muito emocionante. Com destaque para Casillas que pegou 2, a Espanha passa a próxima após 4×2 nos penaltis.

O Cara:
Chiellini. saiu do banco para fazer uma atuação segura com boa leitura e cortes cruciais.
Para esconder a cara: David Villa. Eu mandava muita gente, mas como só posso mandar um vai quem ficou devendo mais.

Peace Up Niggas,
Bruno Machado.


Prazer, nós somos a Rússia.

22 junho, 2008

Russos comemoram após vitória sobre a Holanda

Grande parte do mundo futebolístico se encontra surpreso agora. A Holanda, que teve o melhor desempenho da história da primeira fase desse formato da EURO, foi eliminada pela Rússia essa noite na Basiléia, na prorrogação, por 3×1, após empate no tempo normal com um gol do sumido van Nistelrooy aos 40 do segundo tempo. Os holandeses agora perdem seu técnico Marco van Basten para o Ajax.

O jogo

Rússia começou avassaladora, partindo pro ataque, com o consentimento do técnico (ou milagreiro) Guus Hiddink, que declarou antes da partida, ser necessário atacar pra vencer. A Holanda chegava com perigo nas faltas cruzadas cobradas por Rafael van der Vaart, mas sem o padrão visto nos três primeiros jogos. Arshavin já se destacava, juntamente com Zhirkov e os mísseis de Kolodin. Mas nos primeiros 45 minutos, nada saiu do 0x0.

Já no segundo tempo, com a fragilidade do lado direito da defesa holandesa (Boulahrouz recebeu amarelo e deu lugar a Heitinga) a Rússia cresceu no jogo, imprimindo velocidade e toque de bola. Mesmo a entrada de van Persei não a ofensividade necessária à Holanda. Com 11 minutos Pavlyuchenko abriu o placar após jogada de Semak. O gol fez com que os russos recuassem muito, chamando a holanda pro jogo com Sneijder e seus poderosos chutes. Aos 41 após bola levantada na área, Ruud van Nistelrooy, muito apagado na partida, aproveita falha de marcação de Iganshevich e marca o gol de empate. Encerrou-se o tempo normal com um lance polêmico: Sneijder salvou um bola que supostamente saiu pela linha de fundo e em seguida sofreu um carrinho criminoso de Kolodin. O árbitro aplicou o segundo cartão amarelo no defensor russo, mas o assistente indicou saída de bola, invalidando o lance seguinte, pra reclamação árdua dos laranjas.

Prorrogação

O tempo extra começou com uma dúvida. Será que a Rússia sentiria o gol sofrido no fim do jogo? A equipe do extremo leste europeu respondeu em campo. Atacando e sem abandonar o seu estilo de jogo, os russos pressionaram e Torbinski perdeu um gol dentro da pequena área após grande jogada de Zhirkov. Arshavin volta a mostrar seu grande futebol e começa a fazer a diferença. Após lindo lance cruzou para Torbinski apenas enconstar pro fundo do gol. Rússia 2×1 com sobras. Um golpe profundo nos holandeses que já se encontravam sem forças. O 3º gol saiu de uma jogada de lateral finalizada pelo grande nome da partida e da equipe da Rússia na EURO 2008, Andrei Arshavin. Um gol pra premiar a grande atuação do jogador e do time que surpreende a Europa a cada jogo.

À Holanda ficou novamente a sensação de poder ter ido mais longe. Teve uma equipe muito bem treinada, que se superou ao vencer Itália e França na primeira fase, mas sucumbiu à pressão no momento decisivo.

Do lado russo, a confiança cresce a cada jogo. E agora mais que nunca, afinal, bateram a sensação da copa e enfrentarão mais um favorito, seja Espanha ou Itália.

O cara: Arshavin. Rápido, com grande visão de jogo e muita habilidade. É praticamente certo sair do Zenit para alguma grande liga européia. Sensacional partida.

Pra esconder a cara: van Persie. Entrou com ar de salvador e saiu com ar de perdedor. Não acrescentou nada ao ataque holandês.

Amanhã comentários sobre o grande jogo das quartas-de-final. Espanha x Itália.

Abraços fraternos

Douglas Ponso


A história se repete.

20 junho, 2008

Turquia avança heróicamente

Viena assistiu nesse fim de tarde/início de noite a mais um milagre turco. O terceiro seguido na competição. Após 90 minutos em um 0x0 sem emoção, com duas equipes que sentiam o medo da responsabilidade de pela primeira vez chegar a uma semi-final de EURO e sem criatividade e uma prorrogação aparentemente chata, encaminhava-se pros pênaltis um dos jogos mais sem graça da EURO 2008. Até que a falha de saída do goleiro turco Rüstü, o cruzamento de Modric e a cabeçada de Klasnic, aos 14 do segundo tempo da prorrogação mudaram essa perspectiva. Slaven Bilic, o técnico croata, ex-jogador que atuou no único encontro entre Croácia e Turquia na EURO 96, comemorava como se o gol fosse de sua autoria.

Parecia tudo acabado, já anunciava-se a semi-final “revanche” da Alemanha contra a Croácia.

Mas a Turquia…

A Turquia jamais se dá por vencida. Equipe que luta até o último segundo. Time que só pára de jogar ao apito final. Nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação, após chutão pra frente de Rüstü, Semih domina e marca com um belo chute no ângulo direito do goleiro Pletikosa. Para desespero de Slaven Bilic, que pedia uma substituição antes da cobrança do derradeiro tiro livre por Rüstü.

Terminado o tempo extra, viriam as penalidades, que passaram de impossíveis a inevitáveis em 2 minutos. Os croatas sentindo o peso da possibilidade de perder a classificação praticamente certa e os turcos vendo de perto o que lhes parecia inalcançável.

Desespero do lado quadriculado. Festa dos vermelhos.

Pênaltis

Luka Modric, o talento e cabeça pensante do meio-campo croata, abriu a série de cobranças. Bola pra fora. Ali começou a se desenhar o “milagre turco”. Após mais 2 cobranças desperdiçadas e uma convertida e os 100% de aproveitamento dos turcos, com o renascimento do criticado Rüstü, decidiu-se a semi-final número 1. Turquia e Alemanha, dia 25.

A Croácia volta pra casa com a sensação de que faltou pouco. Mas era o pouco que poderia ter feito muito por ela.

O Cara: Semih. Entrou dando mais poder ofensivo à Turquia e marcou um belo gol no último lance da partida, além de converter o seu pênalti. Decisivo.

Pra esconder a cara: Olic. Perdeu um gol sem goleiro no primeiro tempo, não conseguiu se redimir e seu substituto Klasnic foi quem marcou o gol croata. Péssima partida.

Amanhã comentários sobre a partida da sensação Holanda contra a surpreendente Rússia.

Abraços fraternos.

Douglas Ponso